King é o caso clássico de jogadores que nunca receberam o respeito dos especialistas mas era temido e apreciado por quem o enfrentava em quadra.
Em uma era de grandes pontuadores, onde o ala era o protagonista do espetáculo, King era um dos melhores. Quase 30 anos depois, as pessoas ainda lembram de quando King fez 50 pontos em duas partidas consecutivas.
Seu arremesso e a habilidade de achar os menores espaços no lado esquerdo da quadra, explorando a defesa de transição em contra ataques explosivos.
Bernard foi um dos primeiros atletas a conseguir retornar após uma cirurgia para reparar o ligamento cruzado anterior de seu joelho, uma sentença de morte para a carreira de atletas até recentemente - King perdeu dois anos de sua carreira com a lesão. Com uma foco incrível, que atribui a ter visto seu pai saindo para trabalhar todas as manhãs, King mostrou que a lesão era apenas um obstáculo, não uma barreira final.
Na volta aos treinos, King resolveu mandar uma mensagem para o Knicks. Na frente de um grupo de jornalistas King desconstruiu um jogador universitário.
"Como estou?", perguntou aos presentes. As respostas vieram em matérias: muito bem.
Infelizmente, King jogou apenas seis mais jogos com o Knicks. Nenhum deles com um jovem pivô que havia sido draftado, chamado Patrick Ewing.
A lesão e a curta fase de sucesso na carreira faz com que muitos duvidem do potencial de King. Mas seus companheiros de profissão, adversários sabem quem foi King em quadra.
"Nunca temi ninguém - Bird, Magic, Doctor, Michael - e respeito e amo todos esses caras. Bernard King era o único cara que me deixava morrendo de medo", Dominique Wilkins.
"Só me preocupava com três pessoas quando jogava: Larry Bird, James Worthy e Bernard King", Mark Aguirre.Bird, no entanto, afirma que só se preocupava com Michael Jordan e Magic Johnson. Por que não se preocupava com King?
"Porque não marcava Bernard", respondeu. "Não teria chances marcando Bernard".Nenhum dos jogadores contemporâneos de Bernard King entendia porque o ala não estava no Hall da Fama.
"Não entendo. Não sei", disse Dominique. "Mas, o engraçado é que seus companheiros sabem. Sabem o que Bernard significou para o esporte. Sabem o que ele fazia com jogadores nesse esporte. Pessoas na posição de ala, caras não queriam jogar contra Bernard. Ele não parava."Os deuses do basquetebol repararam uma injustiça. Mesmo que alguns ainda duvidem, King está imortalizado em Springfield. Parabéns, Bernard. A honra demorou, mas chegou.
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