HIT THE GLASS

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Kobe Bryant fazendo história

Kobe Bryant está fazendo história nessa temporada 2014-15 da NBA. O ala-armador, que está no primeiro ano de um contrato de US$48.500 milhões, resolveu tomar para si toda a responsabilidade de pontuar no Los Angeles Lakers. Será que está funcionando?
Perseguir Michael Jordan no ranking de maiores pontuadores na Associação parece ser o objetivo de Bryant. Assim, ele tem arremessado TODAS AS BOLAS, fora de ritmo, acabando com qualquer chance do Lakers vencer.

Sim, uma ou outra partida Bryant converterá arremessos impossíveis como se tivesse encontrado uma máquina do tempo em um dos cantos escuros do Staple Center, mas isso acontecerá raramente. Na maioria das vezes, essa vontade de arremessar como se existissem chutes limitados no universo e ele quer todos, vai cansar Bryant cedo, transformando essa busca pelos pontos em algo feio de se ver.

Recentemente, Kobe fez 39 pontos em 37 arremessos. Aos 36 anos, ele é o segundo jogador mais velho a chutar, pelo menos, 37 vezes em uma partida. Michael Jordan, que teve 38 arremessos aos 38 anos de idade é o mais velho. A diferença? MJ fez 51 pontos, convertendo 55,3% de suas tentativas. Bryant terminou com, apenas, 37,% de aproveitamento.

Kobe também é o terceiro jogador com mais arremessos por 36 minutos até aqui. Uso os 36 minutos para equilibrar a coisa, já que o cara com mais arremessos, Wilt Chamberlain, jogou mais de 47 minutos por partida.
Wilt the Stilt teve duas temporadas com mais arremessos que Bryant. Mas, Wilt arremessou assim quando era mais jovem, 25 e 26 anos de idade, aproveitou melhor os arremessos, 50,6% e 52,8%, e teve mais pontos por jogo, 37,4 e 33,9, sem sair para a linha de 3 pontos e com um aproveitamento banal do lance-livre.

Aliás, não fossem os 6,6 pontos por jogo que Kobe consegue na linha de lance-livre sua temporada pareceria pior ainda.

Quando Bryant está no banco, o Lakers tem um +/- de +3,2. Quando ele entra em quadra, o time tem -22,8 até aqui.  Kobe tem se recusado a arremessar no ritmo do ataque, alienando jogadores em quadra e tornando o time previsível.

Infelizmente, parece ser esse o melancólico final de carreira do craque, a não ser que abandone a obsessão de passar de Jordan e foque no agora.

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