HIT THE GLASS

domingo, 15 de setembro de 2013

A defesa do pick-and-roll: a diferença da defesa na NBA e FIBA

O pick-and-roll. Uma das mais simples e efetivas jogadas do basquetebol. Um corta-luz, um giro para a cesta e a defesa tem que cobrir e trocar a marcação. John Stockton e Karl Malone tornaram a jogada famosa. Ontem, no Twitter - sigam aqui - postei algumas coisas sobre a forma de defender o pick-and-roll. Como é difícil explicar sem imagens, existem hora e local melhores do que agora e aqui?
O que iniciou a conversa ontem: falando sobre formas de defender o pick-and-roll, um amigo sugeriu uma rotação que funcionaria no basquetebol da FIBA, mas não no da NBA.


Acima, um pick-and-roll bem simples. Desculpem pela qualidade da imagem, mas foi difícil achar imagens boas para ilustrar esta conversa. Um pick-and-roll no meio da quadra. Simples.

Agora, ignorem o péssimo pick do Amar'e Stoudemire e foquem na defesa do San Antonio Spurs.


O papel de Tim Duncan é cortar a infiltração de Steve Nash. Com isso, Duncan deixará o ala-pivô, então no Phoenix Suns, Amar'e Stoudemire livre para correr em direção ao aro. O trabalho de Richard Jefferson é fechar o caminho de Amar'e.


Se o Spurs resolver deixar George Hill ou Manu Ginobili cortar o caminho de Stoudemire, ele receberá a bola embalado. Dificilmente os jogadores do fundo pararão essa infiltração. Uma cesta, com grandes chances de cesta e falta, será o resultado mais provável.


E é o que aconteceu nessa jogada. Jefferson resolveu marcar Grant Hill, Stoudemire recebeu a bola embalado, enterrou e levou a falta. Dois pontos mais o lance-livre.

Não importa se Ray Allen estivesse no lugar de Grant Hill, Jefferson deveria ter deixado quem marcava e parado Stoudemire cedo.


A sugestão do meu amigo foi trazer Manu no início do pick-and-roll para tirar o espaço de Stoudemire. E essa é a diferença principal, neste tipo de jogada, da NBA para a FIBA.

Por uma diferença básica: a zona morta da NBA é o segundo arremesso mais efetivo da Liga, perdendo, apenas, para a bandeja/enterrada. Como a linha dos 3 pontos nos lados da quadra da liga americana é mais perto do aro do que "acima do break" se torna um arremesso melhor.


A mesma coisa não acontece na FIBA. A distância da linha dos 3 pontos é a mesma. Assim, fica mais difícil arremessar do lado da tabela do que de frente.

Se, no caso do exemplo, Manu cortar o embalo de Stoudemire na NBA, e não Jefferson, o Spurs entregará um arremesso mais fácil, Jared Dudley livre na zona morta. Já na FIBA, Jefferson ficando na marcação de Hill e Manu tirando o espaço de Stoudemire, Phoenix terminaria com um arremesso mais difícil, já que o chute de 3 da zona morta é considerado mais difícil do que o de frente para a tabela na FIBA.
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