HIT THE GLASS

sábado, 18 de agosto de 2012

Porque o Knicks acertou em colocar um fim na Linsanity



Okay, okay, cheguei tarde para a festa. Mas, mesmo assim, as vezes o bagaço da laranja é o que resta (D2, Marcelo). Resolvi, depois de tanto ler torcedores do New York Knicks dizendo, erroneamente, que Jeremy Lin era a alma do time, que o Knicks não chegaria aos Playoffs sem ele (ajudou, mas o Knicks não chegaria aos Playoffs se Mike D'Antoni seguisse comandando o navio, como um Titanic direto para o iceberg) e blá blá blá, analisar o breve período de tempo em que Lin foi armador do Knicks.

Tudo começou no, agora, ditante 4 de Fevereiro de 2012. O Knicks não jogava bem. Lutava com as lesões de seus melhores jogadores (Carmelo Anthony sofreu seguidas lesões  - tornozelo, pulso, virilha – e Amar'e Stoudemire não havia se recuperado da lesão nas costas que o tirou dos Playoffs de 2011) Contra o New Jersey Nets, Lin surgiu para o mundo. Com 25 pontos e sete assistências, Lin liderou o Knicks para a vitória.

E, assim. Por 10 partidas, parecia que Lin não fazia nada errado. Os 23,9 pontos por jogo, 9,2 assistências por jogo e 50% de aproveitamento dos arremessos neste período fez com que o Madison Square Garden voltasse a sentir o gosto da vitória. Lin teve números dignos dos melhores armadores da NBA. Com Lin, o Knicks venceu sete partidas consecutivas e nove de 11.

O Twitter explodiu com a Linsanity. Todos perguntavam “será que Lin mantém esse padrão?”. Minha resposta era a mesma: calma. Fácil aparecer quando ninguém conhece seu estilo, difícil manter a qualidade. Se corrigir os passes – como Lin gosta de dar passes fracos, deixando a bola quase que flutuando, no meio do garrafão -, diminuir os turnovers e soltar mais a bola, pode ter médias de 15 pontos e 10 assistências por jogo em uma carreira sólida.

Mas, “fácil aparecer quando ninguém conhece seu estilo, difícil manter a qualidade”. No auge da Linsanity chegou o fatídico 23 de Fevereiro de 2012. Pela primeira vez, um time teve tempo de se preparar para enfrentar Lin.  Miami fez o que, a partir de então, todo time copiou: forçou Lin para a sua esquerda, deixou-o conduzir demais a bola.

Até então, sua história havia sido um conto de fadas. Mas, o príncipe encantado de parte da torcida do Knicks não conseguiu se salvar. Na partida contra o Heat, Lin sumiu do jogo. Converteu apenas um de 11 arremessos (9,1%), teve apenas três assistências e, marcado pro Mario Chalmers (sério, Mario Chalmers!!!), cometeu oito turnovers. Lin ainda teve um +/- de -19, ou seja, enquanto esteve em quadra contra o Heat, o Knicks levou uma diferença de 19 pontos.

A partir de então, a Linsanity acabou. Lin voltou a ser um armador comum, certamente melhor do que o previsto, já que, havia sido cortado pelo Golden State Warriors e pelo mesmo Houston Rockets que irá defender em 2012-13, mas, ainda assim, comum.

Nas próximas 14 partidas Lin teve médias de 14,5 pontos e 6,5 assistências por jogo. Mas com estas médias vieram um aproveitamento de 39,3% dos arremessos e 3,9 turnovers por partida. Nos últimos 15 jogos de Lin, o Knicks venceu apenas sete.

Então veio a lesão no joelho. A polêmica declaração de que estava 85% bom, para depois mudar para “estou à 85% do mínimo para conseguir jogar” e a eventual negociação com o Rockets, mudando os termos no meio do caminho, e tornando sua permanência no Knicks impossível devido ao alto custo para os cofres do time da Grande Maçã.

Em Houston, Lin tem a chance de começar do zero, sem a pressão de Nova Iorque. Ele ainda pode se tornar um armador sólido, se corrigir suas muitas falhas. Mas, nada do que fez justificaria o imenso gasto do Knicks para mantê-lo. Quanto a, supostamente, ser a alma do time, o Garden esteve tão ou mais barulhento durante a corrida final para os Playoffs, quando teve 18V-6D após a D'Antoni deixar o cargo e Mike Woodson assumir, durante o jogo contra o Bulls quando Melo converteu dois arremessos de 3 pontos – um para levar o jogo para a prorrogação e outro para vencer a partida – e durante a série contra o Heat.
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3 comentários:

  1. Concordo. Fato é o seguinte: as estrelas de NY até 2014 são MELO e STAT, Lin apesar de flashes não pode levar o time adiante, o estilo de jogo dele é pontuador, no Knicks não daria certo.

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  2. Outra coisa: o Felton chegou a ter médias de 18ppg 9apg jogando no sistema do D'antoni e muitos diziam que era efeito do sistema de jogo q dá muita liberdade ao point guard.. foi oq aconteceu com Lin!

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  3. Knicks Brasil: isso que nem entrei na falsa ideia de que "Lin é lucro certo porque a China e blá blá blá". Quanto de lucro o Yi Jianlian deu pors seus times? O lucro é ligado ao desempenho. Se seguisse no nível Linsanity, beleza. Mas não manteve esse nível por mais de 10 jogos.

    E, risco por risco, Felton tem um histórico melhor que 3 temporadas-10 bons jogos. E, por um preço menor (no final do contrato do Lin + imposto + "apron", etc...)

    Eu só me ative as números e à qualidade do Lin em quadra.

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