HIT THE GLASS

sábado, 22 de junho de 2013

Detroit Pistons e a planta baixa deixada pela Indiana Pacers

O Indiana Pacers e o San Antonio Spurs montaram uma pequena resistência ao novo esquema tático que se espalha como um vírus pela NBA: o smallball. Pela falta de bons jogadores de garrafão, equipes da NBA colocam alas na posição de ala-pivô. Atletas como LeBron James e Carmelo Anthony conseguem tirar vantagem disso, mas não é todo time que tem elenco para isso. Um time que pode voltar ao topo roubando uma página dos livros de Indiana e San Antonio: o Detroit Pistons.


Com Greg Monroe e Andre Drummond o Pistons tem dois jogadores que podem proteger o garrafão e complicar as coisas para as defesas dos times que usam o smallball.

A dupla Drummond-Monroe pega mais rebotes ofensivos que a West-Hibbert. Drummond pegou 15,4% dos rebotes ofensivos, Monroe terminou a temporada garantindo 9,9%. Hibbert teve 14,8% e West 6,8%. Os rebotes ofensivos incomodaram o bicampeão da NBA, Miami Heat, durante todos os playoffs, e o New York Knicks na série contra o Indiana Pacers, expondo uma das fraquezas do smallball.

Os atletas do Pistons pegaram mais da metade dos rebotes defensivos da equipes, 50,8%. Os finalistas do Leste conseguiram, juntos, 29% dos rebotes defensivos do Pacers.

Os rebotes foram uma grande arma do Pacers e do San Antonio Spurs. Limitando as chances do Heat nos ataques do time da Flórida e aumentando o número de chances nos seus ataques, Indiana e San Antonio levaram Miami ao limite. Curiosamente, duas derrotas que marcaram as séries aconteceram quando Miami se aproveitou da ausência de Hibbert, para atacar o aro, e Tim Duncan, para pegar dois rebotes ofensivos que decidiram o Jogo 6 das Finais.

Monroe e Drummond sofreram com a defesa do Pistons, enquanto Hibbert e West tiveram a defesa de perímetro do Pacers para ajudá-los. Mesmo assim, a produção defensiva da dupla do ex-time de Bill Laimbeer não ficou muito atrás.

A DRtg de Hibbert, 97, e West, 99, na temporada regular é quase igual a de Drummond, também 99. Monroe permitiu 105 pontos por 100 posses, mas teve que jogar boa parte da temporada sem o companheiro de garrafão.

Quando os dois jogaram juntos, a defesa do Pistons foi muito melhor. Com Monroe e Drummond no banco a defesa do Pistons permitiu 1,2 PPP (Pontos Por Posse) e 53eFG. Com eles em quadra o PPP caiu quase para 0,9 e o eles permitiram 47,9eFG.

O maior problema para Drummond e Monroe será reeditar Hibbert e West no ataque. Os pivôs do Pistons ainda têm sua produção ofensiva apenas na área restrita:

Aproveitamento e distribuição dos arremessos das duplas
Enquanto Hibbert e West dividem quase 70% de seus arremessos entre área restrita, garrafão e meia distância, Monroe e Drummond concentram 70% de suas tentativas na área restrita. Com bons motivos, os dois não aproveitam seus chutes de fora do semicírculo.

Até agora, o posicionamento do time no ataque tem sido um problema. Sem um arremesso de fora, as defesas adversárias podem proteger o garrafão sem temer chutes de meia distância.

Sem um arremessador entre os dois, as defesas dobraram a marcação sempre que Drummond ou Monroe se encontravam no post-up. Durante a temporada, Detroit utilizou HORNS para combater isto. No HORNS o pivô e o ala-pivô iniciam a jogada na linha de lance-livre, abrindo espaço no post-up quando um deles corta para baixo da cesta.

Como nenhum dos dois arremessa bem de meia distância, Detroit ficou com um jogador sem ter o que fazer na jogada. Para Monroe e Drummond funcionarem juntos, um deles deverá desenvolver um arremesso. E Detroit precisa reforçar o time com bons defensores de perímetro.

Dinheiro sob o teto salarial é o que não vai faltar.
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