HIT THE GLASS

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Chalk Talk: Brasil @ EUA

Em um jogo de altos e baixos o Brasil foi derrotado pelos EUA por 95 a 78 no amistoso realizado em Chicago. Alguns erros primários, como uma sequência de turnovers na saída para o ataque, custaram se não um bom resultado, pelo menos uma derrota mais respeitável ao Brasil.
Como um jogo com erros e acertos, o Chalk Talk não poderia ser diferentes. Jogadas boas, jogadas ruins.

O BOM

O Brasil de Rubén Magnano abusou dos HORNS a partida inteira. Com dois pivôs em quadra sempre, a jogada é bastante efetiva.

Marcelinho Huertas começou a jogada cedo, tentando não dar chance para a defesa americana se aprumar. A ideia original é entregar a bola para Anderson Varejão e cortar para a cesta, tentando receber de volta.

Isso não aconteceu dessa vez, Huertas para e abre novamente. Anderson devolve a bola para o armador e corre para receber o corta-luz de Tiago Splitter.

Mais um corta-luz, dessa vez de Varejão para Leandrinho. E Tiago prepara o corta-luz para Huertas. Assim que Leandrinho recebe o pick, ele ataca a cesta.

Huertas encontra o ala-armador brasileiro que recebe a falta. A jogada foi boa, Leandrinho teve a chance de finalizar, saiu com dois lances-livres. Infelizmente, nem Splitter, nem Varejão, nem Alex são ameaças para tirar a defesa do garrafão, permitindo que quatro americanos marquem o Leandro Barbosa.

Uma maneira que o Brasil encontrou de punir os EUA por não marcar o perímetro, foi com Rafael Hettsheimeir, que converteu 3-4 de seus arremessos de 3 pontos. Mais um HORNS, apesar de Larry Taylor estar atrasado para seu local, na zona morta.

Varejão faz o corta-luz para Raulzinho, Hettsheimeir, como quem não quer nada, abre para a linha dos 3 pontos.

Mais uma vez a defesa americana não se preocupa com os arremessadores brasileiros, compactando o garrafão, deixando Hettsheimeir sozinho, tão sozinho.

Mais 3 pontos para o pivô brasileiro. Quando as opções de arremesso não metem medo no adversário, ter um pivô que possa abrir e chutar de 3 é interessante, e o Brasil explorou bem isso.

O RUIM

Além dos lances-livres (8-16) e do número elevado de turnovers (20!! Um a cada dois minutos) a seleção teve alguns problemas em quadra.

Alguns erros nessa defesa de pick and roll. Splitter deveria ter feito o hedge mais pronunciado, tirando o caminho de Klay Thompson. Leandrinho cobre dois jogadores americanos, Kenneth Faried não é uma ameaça imediata, Nenê poderia ter protegido o aro mais agressivamente.

Como isso não aconteceu, Thompson teve caminho livre para a cesta, tempo de embalar. Nenê chegou atrasado e cometeu a falta.

No terceiro quarto a seleção americana mostrou como defender o pick and roll. Mason Plumlee protege o aro, Rudy Gay faz o hedge agressivo e Leandrinho não consegue dobrar a esquina.

Outra coisa que me preocupou foi como, algumas vezes, o Brasil pareceu perdido na hora de reorganizar uma jogada que não deu certo. Splitter leva quase a metade do tempo de posse para chegar no corta-luz e tentar algo. Até lá, Taylor fica driblando a bola, enquanto o time assiste.

Isso tem que mudar.

O Brasil mostrou ótimos momentos em quadra, mas contra um time como a seleção americana qualquer dormida pode ser fatal. Foi o que vimos em Chicago.
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