HIT THE GLASS

terça-feira, 26 de agosto de 2014

O futuro do Minnesota Timberwolves

O Minnestoa Timberwolves trocou seu astro Kevin Love para o Cleveland Cavaliers, Alexey Shved para o Philadelphia 76ers. De volta, o time recebeu Andrew Wiggins, Anthony Bennett e Thaddeus Young. Nessa nova fase, a equipe do Wolves aposta na juventude para realizar o potencial que parece sempre perto do seu alcance mas nunca chega.

A troca

O Wolves tinha que trocar Kevin Love. Era inevitável. A única outra opção era esperar que o ala-pivô mudasse de opinião durante a temporada, manobra arriscada, já que, Love seria agente livre irrestrito ao final de 2014-15.

Com todas franquias sabendo que Love estava com um pé na rua, conseguir o valor que o Wolves trouxe de volta foi muito importante.

Minnesota poderia ter escolhidos outros parceiros de trocas, o Chicago Bulls estava interessado no All-Star. Escolhendo o Cavs, o time do Oeste garantiu jovens valores para o futuro do time.

A palavra com "P"

Andrew Wiggins é cheio dela. Aquela palavrinha que faz os scouts dos times babarem de ansiedade, tanto esperando algo grandioso, quanto temendo o pior. Potencial.

Wiggins já apresentou algumas coisas na (eu sei, eu sei é só a) Summer League. Stepbacks, no melhor estilo Paul Pierce e giros rápidos são duas das maneiras que Wiggins encontrou de pontuar na NBA. Talvez ele ainda esteja limitado a essas duas maneiras de criar seus arremessos, mas são armas quase impossíveis de se parar.

O neófito ainda briga com o catch and shoot mas, trabalhando bastante, pode melhorar.

Em parte, Wiggins poderá suprir a falta que Love fará nos rebotes. Pelo menos na parte ofensiva. Na NCAA e Summer League o novato mostrou que tem facilidade para atacar a tábua ofensiva.

Mas a defesa será o cartão de visitas de Wiggins nessa primeira temporada. A percepção de seu posicionamento em relação ao adversário, time e quadra é impressionante. E a vontade de defender é surpreendente para um jovem atleta no basquetebol atual.

Corra, Wolves, Corra

Sem Love, o Wolves deverá correr. A transição será o forte do time de Minnesota, caso resolva abraçar as características de seus novatos Wiggins e Zach LaVine.

Wiggins liderou a NCAA em pontos por posse na transição, 1.3, LaVine foi o segundo colocado com 1.2 PPP. Ofensivamente, Wiggins e LaVine podem se juntar ao espanhol Ricky Rubio e transformar o Wolves em uma versão R$1,99 do Showtime.

Infelizmente, ainda não vimos como Wiggins se portaria na transição na NBA. No Cavs ele teve zero oportunidades para correr. David Blatt escolheu diminuir o ritmo do jogo, ignorando uma das melhores armas de seu novato/estrela.

Diversão

Wiggins tem tudo para ser um bom jogador. LaVine será a atração dos aquecimentos no Vine. Anthony Bennett é jovem, ainda tem chances de ter uma carreira produtiva. Rubio será Rubio.

De acordo com as novas tendências (da NBA, não da moda) o time tem um interessante grupo de jogadors two-way, que são bons na defesa e ataque. O time ainda é jovem, caso seja mantido, poderá crescer junto.

Pior das hipóteses, uma temporada de passes de Rubio para Wiggins e LaVine deve manter o time nas Top 10 jogadas da semana.

Nem tudo são flores

Ei, perder alguém como Love machuca, mesmo recebendo bom valor de volta, o cara é um 20-10 ambulante. Esquecendo por um momento dores de amores passados, o Wolves tem que resolver a situação na ala.

O time tem muitos alas que esperam jogar. Corey Brewer, Wiggins, Kevin Martin, Chase Budinger, LaVine, Shabazz Muhhamad e Robbien Hummel. Entre veteranos e novatos, todos querem minutos.

Brewer, no momento, é o mais dispensável. Sem Love, o Wolves não tem um ala-pivô que supra os defeitos do ala, nem alguém que passe para Brewer nos rebotes. Os passes de touchdown de Love foram boa parte do sucesso ofensivo de Brewer na temporada passada.

Com um contrato de quase $5M, não será fácil mover Brewer, mas temporada que vem é a última do contrato (uma player option), o que torna uma troca mais doce para times que desejam limpar a folha salarial.

Mais uma vez o Wolves se encontra na posição de construir para o futuro. Cabe aos executivos não estragarem essa chance.
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