HIT THE GLASS

quinta-feira, 16 de maio de 2013

O futuro de Sacramento, Seattle e da expansão da NBA

A NBA recusou a proposta de relocação do Sacramento Kings para Seattle por 22 votos a 8. Como era de se esperar, o Board of Governors (formado pelos donos de franquias da NBA e, a partir de agora, referido como BOG neste post) concordou com o comitê de relocação e escolheu manter o Kings em Sacramento. Uma vitória para os mercados pequenos. A venda da franquia ainda não foi decidida e deve ser discutida nos próximos dias.
A novela ainda não acabou para. Os irmãos Maloof, donos da franquia, ainda podem escolher não vender. Não vendendo para o grupo de Sacramento, os Maloof podem vender uma parte minoritária para Seattle, torcer para que a arena nova na capital californiana não aconteça (já existe um processo para parar a construção) e dar uma de Clay Bennett com o Seattle Supersonics/Oklahoma City Thunder.

Chris Hansen, líder do grupo de Seattle, pode ir atrás de outra franquia. O Milwaukee Bucks pode ser o próximo alvo de Hansen. Seattle não planeja desistir da NBA facilmente.

Para satisfazer a cidade de Seattle, a NBA começou a falar em expansão. Uma nova equipe na NBA não virá agora, se realmente aumentar o número de times.

David Stern afirmou que a Liga só discutirá uma possível expansão após a renegociação do contrato de TV.  Mas um novo contrato só será assinado em 2016. E Seattle parece estar cansada de esperar pela NBA.

A expansão também trás um grande problema para a NBA. Financeiramente, somente a extremamente lucrativa NFL tem mais de 30 times. Com os donos de franquias reclamando de falta de lucros, não se sabe se o mercado suporta dois times novos.

Outro problema da expansão é a diluição do talento. Ao contrário do que muitos pensam, não existe uma quantidade infinita de jogadores acima da média. Os jogadores bons continuarão indo para a NBA, mas com mais vagas, mais jogadores abaixo da média chegaram à Liga.

Desde os anos 80 sete equipes entraram na NBA: Dallas Mavericks, Orlando Magic, Miami Heat, Minnesota Timberwolves, Charlotte Hornets, Toronto Raptors e Vancouver Grizzlies.

Uma pequena lista de jogadores que poderiam estar em outras equipes: Ryan Anderson, Anthony Davis, Greivis Vasquez, Eric Gordon, O.J. Mayo, Dirk Nowitzki, LeBron James, Dwyane Wade, Chris Bosh, Shane Battier, Norris Cole, Ray Allen, Kevin Love, Ricky Rubio, Nikola Pekovic, Andrei Kirilenko, Alexey Shved, Derrick Williams, Nikola Vucevic, Glen Davis, DeMar DeRozan, Rudy Gay, Jonas Valanciunas, Marc Gasol, Zach Randolph, Mike Conley, Tony Allen.

Alguns deles seriam estrelas em outros times. Outros passariam de estrelas para jogadores complementares ou "estrela do time B". Outros, não listados, nem estariam na NBA. Mas é inegável que, como nos anos 70 e início dos anos 80, as equipes teriam três ou quatro Hall of Famers.

Menos qualidade gera menos lucros. Os donos, que acabaram de reclamar da falta deles, perderão mais dinheiro do que alegam perder hoje em dia. A NBA perdendo dinheiro aumenta a possibilidade dos melhores jogadores irem para a Europa, China e joguem espalhados pelo mundo, não na mesma liga.

Parabéns para Sacramento, seus torcedores provaram que a cidade merece ficar com o time. E boa sorte para Seattle, Hansen não vai desistir de trazer uma franquia para a cidade que trouxe tantas alegrias para os fãs da NBA.
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